“Empresas não devem se posicionar sobre assuntos polêmicos”
Essa foi uma regra usada por muito tempo para definir o posicionamento das empresas. Política, futebol, religião, temas sociais e etc eram temas absolutamente proibidos para qualquer marca. Não só porque vivíamos tempos menos polarizados, mas porque a comunicação era pensada para massas. Mas essa regra não é de ouro há um bom tempo. A comunicação massificada dos meios tradicionais deu lugar à conversas mais pessoais nas rede sociais.
Mas como assim?
Em tempos de consumo de nicho a comunicação também precisa se aproximar do consumidor e muitas vezes isso significa se posicionar publicamente sobre temas polêmicos. Marcas são pessoas. E pessoas têm valores, ideais, identidade, cultura.. Se o seu produto não é uma commodity é muito possível que a decisão de compra do seu consumidor passe pela identificação pessoal. O consumo também é uma forma de manifestação pessoal.
Mais importante do que tentar vender para todo mundo é focar seus esforços em vender para quem divide as mesmas motivações. “As pessoas não compram o que você faz, as pessoas compram porque você faz” É o que diz o Simon Sinek em sua teoria do Círculo Dourado, que já é figurinha repetida quando falamos de posicionamento.
Mas também não é sobre entrar em qualquer encrenca. Para definir o comportamento você precisa ter uma brand persona, personificação da sua marca, clara e muito bem orientada às suas buyer personas, personificação dos seus clientes mais importantes. Quais são os valores sociais da sua marca? Com o que ela se importa? Que causas ela defende? O que é importante para ela? O que ela não permite em seu universo? Qual a função dela no mundo? O que ela entrega para o consumidor por meio do produto ou serviço? Com isso em mente é possível definir em que “batalhas” entrar.Lembrando que algumas posturas, como discriminação e discurso de ódio não são opinião e nem posicionamento, isso é CRIME e pode gerar graves problemas legais e não só de imagem.
Ainda que a sua empresa tente não tratar de temas polêmicos ativamente, ela pode ter que mediá-los nas conversas do público em seus canais. Não adianta muito tentar ser insosso, porque não se posicionar também é se posicionar. E além de não gerar identificação e aproximação, o tiro pode sair pela culatra, causando uma crise em suas redes sociais.
Olha, a tarefa não é fácil mesmo, mas o dever de casa é: Saber bem quem você é e com quem está falando para gerar relacionamento e conversas relevantes.
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