função 1:
Clara Diniz
função 2:
Lucas Durães e
Stella Nardy
São Paulo:
non ducor, duco
Do latim e do brasão da bandeira da cidade, a afirmação:
não sou conduzida, conduzo.
Existe um simbolismo na cidade de São Paulo que aponta para a frente. A maior e mais influente cidade da América Latina, além de ser referência por suas expressões arquitetônicas marcantes, é laboratório vivo para experiências que nos permitem fazer uma leitura do futuro e, por vezes, nos sentir parte dele.
Ao mesmo tempo em que evoca essa sensação, São Paulo também nos faz continuamente revisitar sua história, por meio de ruas e prédios icônicos. Encarar a memória de uma cidade e compreender as dinâmicas de transformações que nos encaminharam até o momento presente é parte fundamental do processo de criação de futuros possíveis. Em São Paulo, particularmente, esse processo se desenrola em um terreno inspirador e extremamente rico — cultural, arquitetônica e criativamente falando. Em São Paulo, tudo acontece.
Criamos um roteiro que conversasse com a cidade, uma experiência criada como uma grande oportunidade de viver e observar de perto experiências e fenômenos que se manifestam em diferentes linguagens neste território que é único. O objetivo foi revelar as arquitetas feições pouco conhecidas da cidade, convidando-as a conhecer lugares, personagens e histórias inusitadas aos típicos roteiros arquitetônicos e turísticos da cidade.
ROTEIRO
MANHÃ
Visita guiada à Nova Sede da Heartman House, por Pitá Arquitetura, no Copan
Visita guiada à sede da Pitá Arquitetura, no Edifício Itália
Visita ao Edifício FSMJ, da Planta.inc
ALMOÇO
Almoço no Cora, rooftop do FSMJ
TARDE
Visita e café da tarde na Fábrica de Dengo
Passeio na Roda Rico, no Parque Villa-Lobos
PARA EXPERIMENTAR O FUTURO URBANO
Qual o futuro das metrópoles contemporâneas? Quais os movimentos necessários para que essas cidades sejam mais inteligentes? O que pode e o que já está sendo feito em relação às tendências urbanas?
O futuro é agora e, para um dia memorável em São Paulo, reunimos lugares, pessoas e conteúdos que provocaram, ao mesmo tempo, trouxeram luz a importantes e atuais discussões da Arquitetura e do Urbanismo. O dia foi dividido em dois macro-temas:
MANHÃ — RETROFIT
Restaurar e atualizar edifícios existentes às demandas e modos de vida contemporâneos é mais econômico, mais rápido e ambientalmente menos impactante do que construir novos edifícios. Uma solução que promove melhorias e resolve questões sociais, urbanísticas, culturais e estéticas, embora ainda pouco praticada no Brasil.
TARDE — PAISAGEM URBANA
A arquitetura e o urbanismo são ferramentas potentes de transformação, que devem atuar como ativos de renovação e restauração, tecendo possibilidades fascinantes para impactar direta e positivamente a vida nos centros urbanos.
GASTRONOMIA
Além da visita a locais especialmente curados, o roteiro também proporcionou descobertas gastronômicas com o melhor que São Paulo tem a oferecer. Acreditamos que os momentos de partilha de alimentos & bebidas são potencializadores de conexões humanas, portanto, é imprescindível considerarmos esse tipo de experiência para o grupo.
Em ngúni, idioma falado em alguns lugares do Sul da África, não há palavra que descreva o parentesco a partir do sangue. A expressão que define a relação de parentesco é ubudlelane: os que comem juntos.